Currículo

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Marlene Crespo, 2008

Marlene Crespo tem mantido, em sua extensa carreira, uma trajetória coerente, em que o grafismo é uma constante. Figurativa e simbólica, conserva uma identidade própria e, tanto quanto possível, brasileira. Desligada de rótulos e tendências, sem perder de vista o seu momento histórico.

O II Salão do Jovem Desenho Nacional (1965) e a IX Bienal Internacional de São Paulo (1967) são praticamente as primeiras de uma série de mostras individuais e coletivas, anos afora.
As exposições mais recentes, individuais e patrocinadas pela PUC, em São Paulo e Barueri, datam respectivamente de 2010 e 2012.

Nos anos setenta e oitenta, integrou, em São Paulo, o grupo de artistas que lutaram contra a ditadura militar. Gravurista a partir dos anos oitenta, e desde sempre ligada ao desenho,
dedica-se, a partir de 93, também à arte têxtil.

Nos últimos anos esta arte se tornou prioritária, recebendo inclusive Prêmio Incentivo na 13ª Edição da Bienal Naifs do Brasil, promovida pelo SESC (2016).

Marlene Perlingeiro Crespo é natural de Campos, RJ, e licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Estudou desenho com Alice Soares e Cristina Balbão, em Porto Alegre, e gravura com Romildo Paiva, em São Paulo. (1982 e 1995).

É uma grande surpresa o trabalho de Marlene Crespo, tanto as tapeçarias como a obra gráfica. Em ambas se vê uma artista madura, com um caminho percorrido e um nome firmado. Seu trabalho denota uma vinculação, não só com as características do surrealismo, mas guarda também aproximações com a arte primitiva.

Profa. Dra. Elvira Vernaschi, USP, historiadora e crítica de arte, membro da ABCA, em novembro de 1997.

… Um interesse inegável reside nos emaranhados lineares traumáticos de Marlene Fuser (nome usado na época), especificamente surrealistas nos meios de substituir a realidade pela presença do abismo interior. É uma artista fora de rotina de cuja carga emotiva podemos esperar desenvolvimentos apreciáveis.

Walter Zanini, na apresentação da coletiva Artistas Gaúchos, no MAC, São Paulo, SP (1966).