O livro Terra tem poesia e desenho. Não sozinhos, como acontece geralmente, a poesia ilustrando o desenho. Mas, em páginas vizinhas, ímpar e par, interagindo e enriquecendo o tema proposto, cada um à sua maneira.
Poesia: linguagem simples, sem aqueles volteios complicados, que parecem agredir o pobre leitor. Poderá ser lido no metrô ou no ônibus. Ou na cama, antes de dormir. Mas, atenção: linguagem não empolada não quer dizer sem beleza e profundidade.
Desenho: embora mais elaborado, e mostrando de saída um estilo próprio, segue o mesmo caminho da linguagem. Feitura simples: caneta especial sobre papel; sem pré-projeto, quase improviso.
Em sua longa carreira de artista plástica, a autora tem exercido a poesia como atividade menos frequente e não divulgada, a não ser há muito tempo, antes de sua opção pelo desenho e gravura.
Espera que a junção com o desenho dê resultado positivo. E que alguns leitores, animados com a facilidade da técnica, munidos simplesmente de papel e canetinha, tentem também cometer suas diabruras artísticas.